quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Resgate do Feminino



Neste fim de ano estive pensando e revendo o papel de Ser Mulher. Na verdade sabemos o que e ser Mulher? E ostentar os "peitos" siliconados no decote oferecido e arruinar a estrutura delicada dos pes num salto vertiginoso? E gerar filhos sem quere-los? E ir pra cama e fingir ?



Assistindo a alguns filmes (Rei Arthur, Cruzada, Entre Reis, Elisabeth era de ouro , Gladiador....), foi legal observar que nós Mulheres temos a incrivel capacidade de fazer do nosso Tempo um Jardim. Sim, antropologicamente, esperavamos nossos homens voltarem de guerras e conquistas e não havia Prozac ou Sertralina.....só havia nós mesmas, mães, irmãs, cunhadas, unidas pelo ciclo lunar e os fios de tecelagem.


Se eramos mais felizes nao sei, mas possivelmente menos estressadas, menos doentes

Mulher e aquela que gera, a que e Fértil em tudo, mente, alma, coração, corpo, fala, ações, todas se multiplicam incessantemente na Energia da Mulher que tem em si a porção masculina (assim como o homem tem a feminina). Entao deveriamos recuperar essa capacidade sobre certo ponto sufocada no exercício dos "direitos iguais" (trabalhar igual e ganhar menos?) . Como seres humanos, nos, Mulheres e os Homens, temos os mesmos direitos de expressão, de desenvolvimento espiritual e social,a ir e vir,escolher, porém temos que atentar que o Homem sempre sera o Chefe e a Mulher a Madre que gera (não somente os filhos, mas o alimento, a palavra sábia, a mão acolhedora).
Mas precisamos nos desdobrar em 4,6 papeis? Trabalha fora, dona de casa, mae/pai ao mesmo tempo, conselheira e as vezes, quando sobra tempo, mulher. E justo isso conosco?
Sera que parte de nossas patologias, desequilibrio hormonal, sobrepeso, a deformidade do contorno feminino e justamente fruto de nossa ousadia em querer tudo? Conheci uma indiana, que me contou que elas e as irmãs são graduadas e pós graduadas. Porem a familia exigiu que elas permanecem nos costumes: canto, dança, leitura...como e digno de uma indiana de sua posição social. Todas casaram, todas trabalham, todas tem suas casas, porem, o marido dessa amiga também tem o seu papel social no casamento: Ele e o marido e essa palavra e muito ampla...ela sugere, ele executa, ele cuida, ela aceita o cuidado...

Onde ruimos nosso mundo? Onde sufocamos nossas necessidades de culto ao feminino? podemos recontruir nossa essência através de pequenos prazeres como pintar, cantar, dançar, costurar, bordar? Podemos ter nossa profissão, mas para nossa saúde emocional devemos resgatar certas coisas.
Todas nós, profissionais liberais, executivas, professoras, operárias, policiais, tem dentro de si, a lembrança ancestral da mulher Imperatriz do Taro, a que fecunda tudo, a que cria e gera.
Aquela que morou numa região distante da Europa, nos solos ferteis do sul do Brasil.Basta nutrir a semente, basta deixa-la germinar. Creio profundamente que teremos lares mais felizes e harmoniosos, creio que nos veremos como Deusas (Medusa, Diana, Tara, Lakshimi) ao nos enfeitarmos para nos primeiro, a nos perfurmos para nos, gradativamente seremos Donas de Nos Mesmas novamente.